sábado, 21 de novembro de 2009

Amor ignoto

Ditosos são os dias perdidos na ilusão desta paixão!
Vamos deleitar este banquete tórrido de emoção...
Esbraseada pelo fogo, como palha seca, a lascívia se consumirá!
Em cinzas unidas nossos corações iram se tornar, e o nosso amor eterno será!

Por teus lábios de cereja, vermelhos e suculentos, tais belas palavras ouvia declamar,
Pelo ofuscante brilho dos teus olhos, sentia-me cegar,
Assim, frívolos via meus princípios se transformarem,
E fugazmente, como imãs nossos corpos se aproximarem...

Tão fria me sentia, em meio ao teu corpo que fervia,
No silêncio só um ruído se ouvia, meu coração que se contraia,
Ao pensar que teus lábios eu beijava,
Pobre de mim, como Álvares apenas o travesseiro abraçava...

Amor ignoto é o que em minha languida vida presente está!
Mas de um casulo obscuro, a bela borboleta do amor sairá!
Não mais será utopia o que irei sentir!
E sim a verdadeira essência de existir!