terça-feira, 12 de julho de 2011

EGOSPECTRO

Quem será este espectro a minha vista?

Quais ventos o trouxeram a esta cisma?

Qual feroz tempestade capaz foi arrastar,

O peso dos grilhões que há anos aparenta o atormentar...



Inalando o medo de seu exalar

Anseio ver além da penumbra do temer

O enojante hálito de morbidez me acomete repulsar...

Mas, o fosco brilho dos olhos a curiosidade incita-me ter



No sucinto instante de sublime ternura

Os traços da face de um tempo

Fazem-se resplandecer a loucura

E a nostalgia imergida ia sendo...



Frustrados sonhos enraizados ao inconsciente

Cicatrizes antigas fluíam o sangue do intento,

Novamente rompidas por estilhaços da ira de uma alma insuficiente!



O medo envolto a mesma face agora diverso,

O qual pelo sangue nos cacos,

Manchou o reflexo de um espelho eterno...

sábado, 22 de janeiro de 2011

HIPOCRISIA

Perante tantas desventuras...
Temo as tribulações futuras...
Em um monólogo constante...
Busco o motivo de meus atos impensantes

Do espelho atordoa-me o ignoto reflexo
Irreconhecível imagem
Medíocre semblante de um insatisfeito complexo
Selado pelo temor do tempo e sua passagem



Retida em mim, a hipocrisia enoja-me!
O escarro de uma mentira ser!
Definhando, arrasto pela morbidez que acolhe-me...
Assim, Entrego-me ao desalento da singularidade dos néscios ter!

A doença e a cura sou eu!
O empecilho e a solução em minhas mãos estam!
Mas cego busco pelo que morreu...
E mais um dia leva a chance da redenção

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ridículo relato

Quando inundado pelo fluir da redenção...

O furor destas águas rubrem teu olhar no desaguar das lágrimas...

O fogo incendeia o verde dos olhos no oceano do coração!

E do temer ao desejar enraízam-me as contradições mais raras!



Por fantasiar ao sua beleza notar

E um inexistente afeto ansiar,

Peço-te perdão...

Não tenho O direito,

Apenas o defeito,

De não controlar este insano coração! ...