terça-feira, 12 de julho de 2011

EGOSPECTRO

Quem será este espectro a minha vista?

Quais ventos o trouxeram a esta cisma?

Qual feroz tempestade capaz foi arrastar,

O peso dos grilhões que há anos aparenta o atormentar...



Inalando o medo de seu exalar

Anseio ver além da penumbra do temer

O enojante hálito de morbidez me acomete repulsar...

Mas, o fosco brilho dos olhos a curiosidade incita-me ter



No sucinto instante de sublime ternura

Os traços da face de um tempo

Fazem-se resplandecer a loucura

E a nostalgia imergida ia sendo...



Frustrados sonhos enraizados ao inconsciente

Cicatrizes antigas fluíam o sangue do intento,

Novamente rompidas por estilhaços da ira de uma alma insuficiente!



O medo envolto a mesma face agora diverso,

O qual pelo sangue nos cacos,

Manchou o reflexo de um espelho eterno...

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