sexta-feira, 20 de abril de 2012

04/04

O tempo 
Assim sendo
tão sedento
No intento
Suga-me ao vento



   Meu dia se foi, mas é só o marco de um ciclo que se faz a cada dia. Entretanto, questiono a aguda dor que sinto quando como vento percebo o meu tempo se esvair entre meus dedos. Os traços da face desse tempo foram esculpidos pelo cair das lágrimas e o elevar dos sorrisos. E por mais árduo que tenham sido alguns momentos, escavaram-me para formar quem hoje sou. Se bom ou ruim, melhor ou pior não me importa, por que sei que sou quem deveria ser.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Chora Chorinho

Chora Chorinho...
As lágrimas da nostalgia alada
Dos versos recitados pelos lábios da pessoa amada
Da noite que te encerra sozinho

Da chuva que te incide
Do som das gotas
Do beijo, o gosto em tua boca
Do olhar a beleza que emite

Da lembrança de cenas
Que outrora foram o presente
E agora é só pena
Pelo resquício de alguém ausente

Chora Chorinho
De um encontro, a surpresa
De olhos novos a poesia que emite pureza
Da desilusão o mesmo caminho...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

DÚVIDA (Música)

Qual é o véu que separa a fantasia do sonho?
O que o céu diz quando as estrelas esconde?
Entre poréns e no entantos a certeza se consome...

De todos os sentimentos a dúvida é o pior!
De todos questionamentos o que ser é o maior!

Somos a melancolia!
A geração da crise existencial!
Buscamos euforia,
Tendo uma vida superficial...

De todos os sentimentos a dúvida é o pior!
De todos questionamentos o que ser é o maior!

Viver é a arte de sofrer sem saber o por que...
Nascer, crescer, reproduzir e morrer,
E no final vencer?
Vencer?

De todos os sentimentos a dúvida é o pior!
De todos questionamentos o que ser é o maior!

terça-feira, 12 de julho de 2011

EGOSPECTRO

Quem será este espectro a minha vista?

Quais ventos o trouxeram a esta cisma?

Qual feroz tempestade capaz foi arrastar,

O peso dos grilhões que há anos aparenta o atormentar...



Inalando o medo de seu exalar

Anseio ver além da penumbra do temer

O enojante hálito de morbidez me acomete repulsar...

Mas, o fosco brilho dos olhos a curiosidade incita-me ter



No sucinto instante de sublime ternura

Os traços da face de um tempo

Fazem-se resplandecer a loucura

E a nostalgia imergida ia sendo...



Frustrados sonhos enraizados ao inconsciente

Cicatrizes antigas fluíam o sangue do intento,

Novamente rompidas por estilhaços da ira de uma alma insuficiente!



O medo envolto a mesma face agora diverso,

O qual pelo sangue nos cacos,

Manchou o reflexo de um espelho eterno...

sábado, 22 de janeiro de 2011

HIPOCRISIA

Perante tantas desventuras...
Temo as tribulações futuras...
Em um monólogo constante...
Busco o motivo de meus atos impensantes

Do espelho atordoa-me o ignoto reflexo
Irreconhecível imagem
Medíocre semblante de um insatisfeito complexo
Selado pelo temor do tempo e sua passagem



Retida em mim, a hipocrisia enoja-me!
O escarro de uma mentira ser!
Definhando, arrasto pela morbidez que acolhe-me...
Assim, Entrego-me ao desalento da singularidade dos néscios ter!

A doença e a cura sou eu!
O empecilho e a solução em minhas mãos estam!
Mas cego busco pelo que morreu...
E mais um dia leva a chance da redenção

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ridículo relato

Quando inundado pelo fluir da redenção...

O furor destas águas rubrem teu olhar no desaguar das lágrimas...

O fogo incendeia o verde dos olhos no oceano do coração!

E do temer ao desejar enraízam-me as contradições mais raras!



Por fantasiar ao sua beleza notar

E um inexistente afeto ansiar,

Peço-te perdão...

Não tenho O direito,

Apenas o defeito,

De não controlar este insano coração! ...

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Anseios anti rotinais

    Já posso sentir o perfume do final de semana, ouvir o rugir da aurora que me chama. Mesmo sabendo que corro o risco de como todos meus outros dias de refúgio, estes serem blasés, sigo com a esperança de que algo mais acontecerá. Oh!Como quero ao menos dois dias ditosos. Mas por enquanto só possuo a companhia de ideias confusas, vagos sussurros do inconsciente e melodias soltas em meio ao aperto de se esperar o inalcançável.

   Sonhos remotos sondam este coração insensato. Nele há um grande anseio por seguir sem olhar para traz, ignorar a tudo e a todos e simplesmente seguir. Talvez meu desejo seja excessivamente ambicioso, por isso apenas rogo por dias nublados, frio constante e uma distração que me faça sentir diferente.

   Com toda essa bagagem, vou vagando pelas horas tão entediantes dessa mórbida madrugada. Abro a janela do quarto, sinto a brisa e sua melódica voz dizendo qual grande será minha nostalgia ao fim dessa aventura. Por instantes, inexplicavelmente sei que sentirei uma extrema saudade do final de semana ainda não ocorrido. Esse sentimento já havia invadido meu coração antes, mas desta vez é diferente, uma doce dor, um envolvente sofrimento me assola.

   Com o corpo desfalecido vou me rendendo ao sono. As luzes se apagam e apenas ouço os sons das várias músicas que ouvi. Se mesclando em ruídos fantasmagóricos tornam se uma só melodia. Que me enfeitiça enquanto inúmeras imagens inundam minha mente e então vou sendo arrebatada ao mundo dos sonhos. Em um último resquício de consciência desejo que me surpreenda o amanhã, mas impulsivamente penso que tudo é apenas ilusão. Assim, sem conseguir distinguir o que é realidade ou não, entrego-me mais uma vez.



   

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Vã aflição

Ninguém viu teus olhos lacrimejados!
Ninguém ouviu teu mórbido clamor!
Ninguém sentiu a dor de ser um bastardo!
Tua mente confusa constantemente esta a te supor...

Tua voz trêmula rasga o silencio de teu sombrio coração!
Perturbado questiona o céu no qual sob permanece!
Busca a solução e a paz que julga ser ilusão...
E no último suspiro, pergunta por que até o amor perece...

Mas o que não sabes é que sempre estive aqui...
Como pai que anseia pelo filho!
Que por amor morri!

Enquanto todos o apontam, lhe estendo a mão
Porém tu te afastas por caminhos obscuros
E assim espero o dia que poderei o encontrar e restaurar teu coração...

sábado, 21 de novembro de 2009

Amor ignoto

Ditosos são os dias perdidos na ilusão desta paixão!
Vamos deleitar este banquete tórrido de emoção...
Esbraseada pelo fogo, como palha seca, a lascívia se consumirá!
Em cinzas unidas nossos corações iram se tornar, e o nosso amor eterno será!

Por teus lábios de cereja, vermelhos e suculentos, tais belas palavras ouvia declamar,
Pelo ofuscante brilho dos teus olhos, sentia-me cegar,
Assim, frívolos via meus princípios se transformarem,
E fugazmente, como imãs nossos corpos se aproximarem...

Tão fria me sentia, em meio ao teu corpo que fervia,
No silêncio só um ruído se ouvia, meu coração que se contraia,
Ao pensar que teus lábios eu beijava,
Pobre de mim, como Álvares apenas o travesseiro abraçava...

Amor ignoto é o que em minha languida vida presente está!
Mas de um casulo obscuro, a bela borboleta do amor sairá!
Não mais será utopia o que irei sentir!
E sim a verdadeira essência de existir!

sábado, 31 de outubro de 2009

Veleidade

Olhos envolventes, doces palavras,
Tuas juras são como facadas!
Ferem-me, porem mergulho na veleidade ,
Masoquista eu sou, alanceio-me por mera falsidade,
Ainda que saiba o final da história, deixo-me enganar...
O que será de mim, meu coração não consigo controlar!


Nem meus olhos posso fechar,
Que logo vem tua imagem me atormentar...
Desapareça!Deixe-me em paz!
Será que tu não vês o mau que me faz!



Espantarei os devaneios,
Cessarei os anseios,
Far-me-ei sã ,
Não deixarei que me surpreenda o amanhã...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Esse não é o meu lugar

Sonhos roubados,
Versos desperdiçados,
Olhos cansados,
Amores disfarçados,

Esse não é o meu lugar,
Oh Deus!Faça-me enxergar,
Só tu podes me curar,
Não quero mais me ocultar,
A ti tudo vou entregar!

Caminhos abalados,
Pai e filho separados,
Os assombros do passado,
A procura dos culpados,
A escravidão do pecado,

Esse não é meu lugar,
Oh Deus!Faça-me enxergar,
Só tu podes me curar,
Não quero mais me ocultar,
A ti tudo vou entregar!

Já posso sentir o teu amor me constranger,
Aos poucos me envolver,
E toda dor desaparescer,